Era um dia ensolarado no Centro de Buenos Aires. Os pássaros cantavam alegremente e o céu não contava com nenhuma nuvem. Os monumentos da cidade brilhavam com a luminosidade excessiva e os argentinos estavam alegres, apesar do calor. Ao invés dos deliciosos alfajores argentinos, o dia pedia um grande pote de sorvete. Perto dali, em uma estação de trem, um grupo de brasileiros se juntava para fazer um passeio até o Rio da Prata. Os argentinos, acostumados com a correria do centro da cidade, estranhavam a presença de turistas em um trem comum da cidade.
Após a entrada no trem, os brasileiros observavam a paisagem enquanto os argentinos, acostumados com a vista, descansavam para um intenso dia de trabalho.
Na primeira estação, uma argentina linda entrou no trem e um dos brasileiros não deixou de reparar na sua beleza. Quando os olhares se encontraram, começou o trabalho da mente de cada um. Ele começou a imaginar o que ela fazia da vida, qual seria o nome dela, se já tinha ido ao Brasil, como seriam os amigos dela, pra onde ela estava indo. Além disso, ficou se perguntando por que ela estaria tão arrumada naquele momento. A dama fez a mente do Brasileiro trabalhar intensamente.
Enquanto isso, na cabeça da garota Argentina, diversas perguntas sem resposta era feitas incessantemente. De onde vem aquele garoto? Será que ele não é daqui? Pra onde ele está indo? Por que ele aprecia com tamanha curiosidade a paisagem de Buenos Aires? O que será que ele faz da vida? Como são os amigos dele? Qual o nome dele?
Depois de algumas estações, a menina teve que descer do trem. Antes de ela sair, na porta do trem, eles trocaram um sorriso suave e sincero, como se já se conhecessem desde a infância.
“Quem sabe um dia eu a encontro novamente?” – Pensou o brasileiro.
“Quem sabe um dia eu o encontro novamente?” – Pensou a argentina.
Quem sabe?
Até a próxima
Mobilio